sexta-feira, 20 de março de 2009

A borda da matina

Dois goles de fel
No boteco esperança
Ventura, boêmio menestrel
Flerta e a flor bela, o espanca

Restos de amor no cardápio
Fígado, coração e múltiplos espasmos
Doses esparsas de paixão e sarcasmo
Mergulho lancinante e voluntário

A sombra notívaga, violada e vadia
Beija o vazio enquanto o sol a desvirgina
As máscaras ébrias caem sob a luz do dia

São agruras do Poeta e seu Cão à borda da matina
Após o enigma da noite violenta e sem Lua
Amor deixa o recinto e esquece Solidão sua noiva surda

Um comentário:

  1. poste sempre que eu venho aqui te ler!
    que forte e que bonito, jon!
    gostei especialmente desse...
    beijo

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