terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Saturno

Céu azul e límpido,
Verde água,
Abrange o ímpeto
Cessa mágoa,
Abraça, ama e mata.
Qual amor que sufoca,
Carinho que maltrata,
Beijo ácido, paixão fátua,
Destila o que provém de tua fala,
Desengana e afasta!
Teu sorriso esconde o vil,
A bela figura onde se esconde,
E o brilho astuto do ardil,
Tens a tendência: o que amas, mata.
Eu, teu insone, sigo o infeliz caminho dos narradores,
Desagravo inábil,
Não te encontrarei no limbo,
Ainda não sei a parte que me cabe no concretismo,
Perdi meus pais e pares na disparidade
Inconsistências, Vênus e Marte...
Soturno Saturno,
Onde se encontram as esferas de quem parte?

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