terça-feira, 28 de abril de 2009

Lobo

Seja, à superfície, ágil como o felino arisco
Traga a pax romana como édito em seu íntimo
A mais feroz legião se levanta ao menor grito
Mas o verdadeiro poder é manter-se pacífico
Na guerra, ser o mais tranqüilo sábio do budismo
Coragem é resistir ao desnecessário confronto
Procurado por quem já perdeu antes de lutar
A vida é um boulevard de tristes desencontros
E alguns, mais que outros, têm mais a amargar
Saiba viver em meio ao olho da tormenta
Alimenta o lobo que à felicidade fareja
Pois o lobo do ódio não precisa de ninguém
Nas sombrias estepes onde a dor viceja
Ele encontra mais alimento do que lhe convém

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